O Catecismo 65,66 diz:
65. «Muitas vezes e de muitos modos falou Deus antigamente
aos nossos pais, pelos Profetas. Nestes dias, que são os últimos, falou-nos
pelo seu Filho» (Hebe 1, 1-2). Cristo, Filho de Deus feito homem, é a Palavra
única, perfeita e insuperável do Pai. N'Ele, o Pai disse tudo. Não haverá outra
palavra além dessa. São João da Cruz, após tantos outros, exprime-o de modo
luminoso, ao comentar Heb 1, 1-2: «Ao dar-nos, como nos deu, o seu Filho, que é a sua Palavra
– e não tem outra – (Deus) disse-nos tudo ao mesmo tempo e de uma só vez nesta
Palavra única e já nada mais tem para dizer. [...] Porque o que antes disse
parcialmente pelos profetas, revelou-o totalmente, dando-nos o Todo que é o seu
Filho. E por isso, quem agora quisesse consultar a Deus ou pedir-Lhe alguma
visão ou revelação, não só cometeria um disparate, mas faria agravo a Deus, por
não pôr os olhos totalmente em Cristo e buscar fora d'Ele outra realidade ou
novidade» (33).
66. Portanto, a economia cristã, como nova e definitiva
aliança, jamais passará, e já não se há-de esperar nenhuma nova revelação
pública antes da gloriosa manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo. No
entanto, apesar de a Revelação já estar completa, ainda não está plenamente
explicitada. E está reservado à fé cristã apreender gradualmente todo o seu
alcance, no decorrer dos séculos.