Neste artigo, eu faço uma breve introdução sobre o livro da Sabedoria. Estamos no mês da Bíblia, e seguindo como sugestão e orientação da Igreja no Brasil, estudaremos este maravilhoso livro, que sim, diga-se de passagem, faz parte do Cânon, e é sim, Palavra de Deus, sem dúvida, foi inspirado pelo nosso grande Deus, o Pai de Abraão, Isac, Jaco, o mesmo Deus dos Profetas,como por exemplo, Isaías, o mesmo que se encarnou, habitou no meio de nós, ensinou e instruiu os apóstolos a anunciar a boa nova que depois foi escrito e temos a segunda parte da Bíblia, o Novo Testamento.
Introdução e Estrutura do Livro
(Título, autor, data,
língua original)
Título:
Este livro tem o nome
da sabedoria de Salomão, pelo fato de os capítulos 7 ao 9, fazer menção honrosa
a este grande rei o ‘sábio’ por excelência.
Na Tradição Latina é
chamado apenas como o livro da sabedoria. Este livro tem um gênero literário
que traz autoridade e um pensamento novo.
Autor:
Sabe se, que o autor é judeu, porém, desconhecido, ele
permaneceu no anonimato, mas é um autêntico fiel a fé no Deus dos Pais (9,1).
Pertencente ao povo ‘santo’ a ‘raça irrepreensível’ (10,15).
Data:
A data é incerta, então, podemos dizer que foi escrita entre
o ano 50 e 30 antes de Cristo.
Língua original:
Livro da sabedoria foi escrito totalmente em grego.
Esta parte, opõe o
destino dos judeus aos dos ímpios, que os perseguem.
Sua finalidade é fortalecer a fé dos judeus: as provações
que sofrem preparam sua glória.
Segunda parte:
Elogio à sabedoria (6,1- 11,3).
Tal elogio é posto na boca de Salomão. Contudo, o rei não é
citado.
Salomão dirige-se aos demais reis, para convidá-los a se
abrirem às doutrinas da sabedoria israelita.
A sabedoria é uma
realidade misteriosa, que Deus deu ao rei.
Essa sabedoria é a única que conhece a vontade de Deus, e
ela se revela desde as origens até a saída do Egito como a mestra da história.
Terceira parte:
Meditação sobre o Êxodo (11,4-19,22).
A última parte do
livro é mais longa e sobretudo mais complexa do que as precedentes, consiste
principalmente numa série de comparações sobre a sorte dos israelitas e dos
egípcios, a partir da narrativa das pragas do Egito.
A dureza dos contrastes e a severidade do tom, levam a
pensar que o autor, ao defender os valores do Judaísmo, procura afastar todos
os que ameaçam a sua comunidade.
1º Parte: Os quatro Evangelho (Mateus, Marcos, Lucas, João.)
2º Parte: O Livro histórico (Atos dos Apóstolos)
3º Parte: As quatorze cartas de São Paulo (Romanos, 1º e 2º
aos Coríntios, Gálatas,
Efésios, Filipenses, Colossenses, 1º e 2º aos
Tessalonicenses, 1º e 2º a Timóteo, Tito,
Filemon, Hebreus.)
4º Parte: 7 Cartas chamadas Católicas (Tiago, 1º e 2º de
Pedro, 1º, 2º e 3º de João, Judas.)
5º Parte: 1 Livro Profético (Apocalipse).
Conclusão:
A Bíblia, portanto é a Palavra de Deus, em hipótese alguma deve ser tratada como um livro qualquer.
A própria Bíblia se explica por si só, como está escrito na 2 carta a Timóteo 3,16 "Toda Escritura é inspirada por Deus..." Em Hebreus 4,12, diz: "Pois a Palavra de Deus é viva, eficaz..." Em Efésios, 6,17 "...e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus.
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Antes de aprofundar neste tema, quero que saiba a etimologia
da palavra magistério.
Magistério é o mesmo
que:
- Professor
- Aquele a quem se delega poderes para governar
- É o mesmo que mestre
- Perfeito, completo, exemplar
- Aquele que ensina
O Magistério iniciou com os apóstolos…
Partindo do
raciocínio do significado da palavra Magistério, vemos, que Jesus ao escolher
os doze apóstolos, ele estava ali formando o colégio episcopal e dando-lhes
poder de ensinar, tronando-os, mestres, (Marcos 9,1-6), esse poder vem em nome de Jesus Cristo (João 15,5).
Os doze tem a missão
de ensinar e governar a Igreja (Mateus 16,19; João 16,13).
O próprio apóstolo Pedro, na sua segunda carta, capítulo 1
versículos 20 e 21, disse: “Antes de mais nada, sabei isto: que nenhuma
profecia da Escritura resulta de interpretação particular, pois que a profecia
jamais veio por vontade humana, mas os homens impelidos pelo Espírito Santo
falaram da parte de Deus.”
“O ofício de interpretar autenticamente a Palavra de Deus escrita
ou transmitida foi confiado unicamente ao Magistério vivo da Igreja, cuja
autoridade se exerce em nome de Jesus Cristo, isto é, foi confiado aos bispos
em comunhão com o sucessor de Pedro, o bispo de Roma.” (CIC 85).
Todavia, tal
Magistério não está acima da Palavra de Deus, mas a serviço dela, não ensinando
somente o que foi transmitido, no sentido de que, por mandato divino, com a
assistência do Espírito Santo, piamente ausculta aquela palavra, santamente a
guarda e fielmente a expõe, e deste único depósito de fé tira o que nos propõe
para ser crido como divinamente revelado.” (CIC 88).
O Magistério vivo e a
sucessão apostólica
“Para que o evangelho sempre se conservasse inalterado e
vivo na Igreja, os apóstolos deixaram os sucessores dos bispos, e eles
transmitindo seu próprio encargo de Magistério. Com efeito, a pregação
apostólica, que é expressa de modo especial nos livros inspirados, devia
conservar-se por uma sucessão contínua até a consumação dos tempos.” (CIC 77).
“Esta transmissão viva, realizada no Espírito Santo, é
chamado de Tradição enquanto distinta da Sagrada Escritura, embora intimamente
ligada a ela. Por meio da Tradição, a Igreja, em sua doutrina, vida e culto,
perpetua e transmitir a todas a gerações tudo ela é, tudo o que é ela crê. O
ensinamento dos Santos Padres testemunha a presença vivificante desta Tradição,
cuja riquezas se transfundem na praxe e na vida da Igreja crente e orante.”
(CIC 78).
Através da Tradição apostólica, sabemos que: “Porque é assim
que as Igrejas apostólicas transmitem suas listas: “como a Igreja de Esmirna,
que sabe que Policarpo foi colocado lá por João, como a Igreja de Roma, onde
Clemente foi ordenado por Pedro. Assim, todas as outras Igrejas que tiveram
lhes mostram em que tem as raízes apostólicas, tendo recebido o episcopado pela
mão dos apóstolos.” (Tertuliano).
Conclusão:
“O romano pontífice e os bispos são os doutores autênticos
dotado da autoridade de Cristo, que pregam ao povo a eles confiável a fé que
deve ser crida e praticada.O Magistério
ordinário universal do Papa e dos bispos em comunhão com ele ensina aos fiéis a
verdade em que se deve crer, a caridade que se deve praticar, a felicidade que
se deve esperar.” (CIC 2034).
Como você pôde ver, o Magistério vivo da igreja, iniciou com
Jesus dando autoridade aos apóstolos e os apóstolos aos seus sucessores. Se tiver alguma dúvida, alguma sugestão, escreva abaixo na caixa de comentários. Compartilhe nas redes sociais. Obrigado, Glauco Campos!
Introdução: Deus, quis estar próximo de nós desde o início. No livro do Gênesis, quando Deus criou Adão e Eva, tem registro do diálogo entre o Criador e a criatura (Gênesis 2, 16). Mas, em um certo momento, houve a desobediência que gerou a expulsão de Adão e Eva do Jardim do Éden, com isso rompeu-se o diálogo e a comunhão com Deus, mas apenas por um tempo. E quando chegou o tempo em que Deus volta a dialogar com o homem, diz o texto Sagrado, em Gênesis 5, 22 Henoc andou com Deus, neste versículo pode-se observar indícios que Deus revela-se novamente ao homem estreitando o diálogo. Noé era um homem justo, por isso ele andava com Deus, (Gênesis 6, 9), e dialogava com Ele (Gênesis 6,13; 7,1; 8, 15).
“Por sua relação, o Deus invisível, levado por seu grande amor, fala aos homens como amigos, com eles se entretém para os convidar à comunhão consigo e nela os receber.” (CIC 142). Deus, revela-se ao homem através da palavra, ele interveio na sua história, pois, o homem, é incapaz de guiar-se a si mesmo. “Tua palavra é lâmpada para os meus passos, luz para o meu caminho.” (Salmos 119, 105).
O que é a Sagrada Escritura?
É propriamente dito, “A Palavra de Deus, a Bíblia”. “Toda escritura é inspirada por Deus é útil para instruir, para refutar, para corrigir, para educar na justiça.” (II Timóteo 3,16). O catecismo da Igreja Católica número 81 ensina que: “a Sagrada Escritura é a palavra de Deus enquanto redigida sobre a moção do Espírito Santo.” “Assim, a comunicação que o Pai fez de si mesmo por seu Verbo no Espírito Santo permanece presente e atuante na igreja: O Deus que outrora falou e mantém um permanente diálogo com a esposa de seu dileto Filho, e o Espírito Santo, pelo qual a voz viva do Evangelho ressoa na Igreja e através dela no mundo, leva os crentes à verdade toda e faz habitar neles abundantemente a palavra de Cristo.” (Dei Verbum 8).
Quem é o autor das Sagradas Escrituras
“As Sagradas Escrituras contêm a Palavra de Deus e, por serem inspiradas, são verdadeiramente a Palavra de Deus.” (CIC 135). “Deus é o autor da Sagrada Escritura, ao inspirar seus autores humanos; agem neles e por meio deles. Fornece assim a garantia de que seus escritos ensinem sem erro a verdade salvífica.” (Deus inspirou autores humanos para escrever as Sagradas Escrituras) Deus inspirou os autores humanos nos livros Sagrados. "Na redação dos livros Sagrados, Deus escolheu homens, dos quais se serviu fazendo-os usar suas próprias faculdades, capacidades, a fim de que, agindo ele próprio neles e por meio deles, escrevessem, como verdadeiros autores, tudo e só aquilo que ele próprio queria” (CIC 106). Os livros inspirados ensina a verdade. "Portanto, já que tudo o que os autores inspirados (hagiógrafos) afirmam deve ser dito confirmado pelo Espírito Santo, deve-se processar que os mitos da Estrutura ensinam com certeza, fielmente e sem erro a verdade de Deus em vista de nossa salvação que fosse consignada nas Sagradas Escrituras.” (CIC 107). O antigo e Novo Testamento nas sagradas escrituras Antigo testamento: “O Antigo Testamento é uma parte indispensável da Sagrada Escritura. Seus livros são divinamente inspirados e conservam o valor permanente, pois a Antiga Aliança nunca foi revogada.” (CIC 121). “Os cristãos veneram um Antigo Testamento como verdadeira Palavra de Deus. A Igreja sempre rechaçou vigorosamente a ideia de rejeitar o Antigo Testamento sob o pretexto de que o Novo teria feito caducar (marcionismo). (CIC 123). Novo Testamento: “A Palavra de Deus que é força de Deus para salvação de todo crente, é apresentada e manifesta o seu vigor de modo eminente nos escritos do Novo Testamento. Estes escritos fornecem-nos a verdade definitiva da revelação divina. Seu o objeto central é Jesus Cristo, o Filho de Deus encarnado, seus atos, ensinamentos, paixão e glorificação, assim como os inícios de sua Igreja sobre a ação do Espírito Santo.” (CIC 124). “Os Evangelhos são o coração de todas as Escrituras, uma vez que constituem o principal testemunho da vida e da doutrina do Verbo encarnado nosso Salvador.” (CIC 125).
Cânon das Sagradas Escrituras
“Foi a Tradição apostólica que fez a Igreja discernir que escritos deviam ser enumeradas na lista dos Livros Sagrados. Esta lista completa é denominada “Cânon” das Escrituras. Ela comporta 46 (45, se contarmos Jeremias e Lamentações juntos) escritos para o Antigo Testamento e 27 para o Novo.” (CIC 120). “A Igreja recebe e venera como inspirados os 46 livros do Antigo e os 27 do Novo Testamento.” (CIC138). “A Igreja sempre venerou as divinas Escrituras da mesma forma como o próprio Corpo do Senhor: ambos alimentam e dirigem toda a vida cristã.” (CIC 141). Conclusão: São Jeronimo, foi quem traduziu as Sagradas Escrituras dos textos originais para o Latim, foram cerca de 36 anos, para concluir esta bela missão. Veja algumas frases de São Jeronimo sobre a Bíblia: -Quando rezamos, falamos com Deus. Quando lemos a Sagrada Escritura, Deus fala conosco. -Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus, e quem ignora as Escrituras ignora o poder e a sabedoria de Deus; Portanto ignorar as Escrituras Sagradas é ignorar a Cristo. Compartilhe este conteúdo nas redes sociais, deixe seu comentário abaixo. Glauco Campos. Obrigado!
Este artigo é fundamental para todos aqueles que querem se
aprofundar sobre a Doutrina Católica. São mais de 2.000 anos de ensinamento, que o próprio Senhor
Jesus Cristo deixou através dos apóstolos, que ele mesmo escolheu. “Aqueles
dias, ele foi a montanha para orar e passou a noite inteira em oração a Deus.
Depois que amanheceu, chamou os discípulos e entre eles escolheu doze, aos
quais deu o nome de apóstolos: Simão, a quem impôs o nome de Pedro, seu irmão
André, Tiago, João, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu,
Simão, chamado Zelota, Judas, filho de Tiago, e Judas, Iscariotes que se tornou traidor.” (Lucas 6,12-16).
Sendo assim, ele deu início a sua Santa Igreja, todo
ensinamento e doutrina foi confiado aos doze (João 14,26), por transmissão
oral, o que chamamos de Tradição apostólica, com ‘T’ maiúsculo, é tal qual,
viva e eficaz, como a Palavra de Deus, (Bíblia).
O que é a Sagrada
Tradição apostólica?
Mas, afinal, que Tradição é essa, de onde veio, quem
iniciou?
Nada mais é do que o anúncio e ensinamento que Jesus
transmitiu aos apóstolos, então nenhuma palavra foi escrita, naquele tempo,
existia somente o Antigo Testamento (1ª aliança), que é de fato a palavra de
Deus, mas não a Bíblia propriamente dito.
A partir de Jesus, (ele também é palavra) “E o verbo se fez
carne, e habitou entre nós;” iniciou o Novo Testamento, chamado também de boa
nova, ou 2ª aliança, mas tudo isso se deu por transmissão oral, ensinado aos
doze, e eles aos seus sucessores.
O Catecismo da Igreja Católica número 75 diz:
“Cristo Senhor, em quem se consuma toda a revelação do sumo
Deus, ordenouaos apóstolos que o
evangelho, prometido antes pelos profetas, completado por ele e por sua própria
boca promulgado, fosse por eles pregado a todos os homens como fonte detoda a verdade salvífica e de toda a
disciplina de costumes, comunicando-lhes os dons divinos.”
Quanto a Sagrada Tradição, “ela transmite integralmente aos
sucessores dos apóstolos a Palavra de Deus confiada por Cristo Senhor e pelo
Espírito Santo aos apóstolos para que, sob a luz do Espírito de verdade, eles
por sua pregação, fielmente a conservem, exponham e difundam.” (D.V 9).
A constituição dogmática Dei Verbum, diz: “Deus dispôs com
sua benignidade que aquelas coisas que revelaram para salvação de todos os
povos permanecessem sempre integrar e fossem transmitidas a todas as gerações.”
“A Tradição da qual que falamos é a que vem dos Apóstolos e
transmite o que estes receberam, do ensinamento e do exemplo de Jesus, (João
16,12) e o que receberam por meio do Espírito Santo, “Em João 14,16-17, está
escrito, “Ele vos dará outro Paráclito, para que convosco permaneça para
sempre, o Espírito da Verdade.” (João 16,13). Com efeito, a primeira geração de
cristãos ainda não dispunha de um Novo Testamento escrito e o próprio Novo
Testamento atesta o processo da Tradição viva.”
A Sagrada Tradição e
o Novo Testamento
Na formação dos Evangelhos Podemos distinguir três etapas:
(CIC 26)
Primeira etapa: A vida e o ensinamento de Jesus.
” A Igreja defende firmemente que os quatro Evangelhos cuja
historicidade afirma sem hesitação transmitem-se a mente aquilo que Jesus filho
de Deus ao viver entre os homens realmente fez e ensinou para a eterna salvação
deles até o dia em que foi elevado.”
Segunda etapa: A tradição oral
O que o Senhor
dissera e fizera.“Os apóstolos após a ascensão do Senhor, transmitiram aos
ouvintes, com aquela compreensão mais plena de que gozavam, instruídos que
foram pelos gloriosos acontecimentos de Cristo e estabelecidos pela luz do
espírito de verdade.”
Terceira etapa: Os autores sagrados escreveram os quatro
Evangelhos. "Escolhendo certas coisas das muitas transmitidas ou oralmente ou já
por escrito, fazendo síntese de outras ou explanando-as com vistas à situação
das igrejas conservando enfim, a forma de pregação, sempre de maneira a
transmitir-nos, a respeito de Jesus, coisas verdadeiras e sinceras.
A Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura, portanto,
relacionam-se estreitamente. Com efeito, ambas derivam da mesma fonte divina,
fazem como que uma coisa só, tende ao mesmo fim.
A Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constitui um só
depósito sagrado da palavra de Deus, confiando à Igreja; aderindo a este, todo
um povo santo persevera assiduamente unido aos seus pastores na doutrina na
comunhão dos apóstolos na fração do pão e nas orações ( Atos dos Apóstolos
2,42), de tal modo que a conservação, atuação e profissão da fé transmitida
haja uma singular colaboração entre os pastores e os fiéis.
Portanto, a Tradição Apostólica é a Palavra de Deus, juntamente
com a Sagrada Escritura.
Veja comentários de alguns santos sobre a Tradição apostólica
Inácio De Antioquía (ano, 107 d.C.)
“Eu por minha parte cumpri o meu dever, agindo como homem
destinado a unir. Deus não mora onde houver desunião e ira. A todos, porém que
se converterem perdoa o Senhor, se voltarem à unidade de Deus e ao senado do
Bispo. Confio na graça de Jesus Cristo, pois Ele livrará de toda cadeia.
Exorto-vos a nada praticar em espírito de dissenção, mas sim em conformidade
com os ensinamentos de Cristo. É que ouvi alguns dizerem: “Se, não o encontro
nas escrituras antigas, não dou fé ao Evangelho.” Dizendo eu a eles “Está
escrito”, responderam-me: “É o que se deve provar!” Para mim, as escrituras
antigas são Jesus Cristo; para mim escrituras invioláveis constituem a Sua
Cruz, Sua Morte, Sua Ressurreição, como também a Fé que nos vem d'Ele! Nisso é
que desejo, por vossa oração, ser justificado.”
Hipólito De Roma (ano 235 d.C.)
“Agora, movidos pelo amor que devemos a todos os santos,
atingimos o ponto máximo da tradição o que diz respeito às igrejas. Todos,
assim, bem instruídos, devem conservar a tradição que perdura até hoje e,
conhecendo-a através de nossas palavras, devem permanecer absolutamente firmes,
já que o ocorrido recentemente (heresia ou erro) foi motivado pela ignorância e
pelos ignorantes. Que o Espírito Santo conceda a graça perfeita àqueles que creem
na verdade ortodoxa, para que aqueles que lideram a Igreja possam saber como
ensinar e preservar tudo de forma conveniente.”
“Se todos ouvirem e seguirem a tradição dos apóstolos,
nenhum herege, nenhum mesmo, poderá vos afastar do reto caminho. Na verdade,
muitas heresias se desenvolveram porque os chefes não quiseram aprender a
doutrina dos apóstolos, mas seguindo a própria fantasia, fizeram o que quiseram,
isto é, o que não deveriam fazer.”
Orígenes (ano 185 - 254 d.C.)
“Embora existam muitos que acreditam que eles mantêm os
ensinamentos de Cristo, ainda existem alguns entre eles que pensam de forma
diferente de seus antecessores. O ensinamento da Igreja se impôs devido a uma
ordem pela sucessão dos apóstolos e permanece nas igrejas até o presente
momento. Não há de aceitar como verdade algo além daquilo que difere em nada da
tradição eclesiástica e apostólica.”
“A Igreja recebeu dos Apóstolos o costume de administrar o
batismo até mesmo para as crianças. Pois aqueles que foram confiados os
segredos dos mistérios divinos sabiam muito bem que todos carregam a mancha do
pecado original, que deve ser lavada com água do Espírito.”
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Maria foi preservada da mácula do pecado original, desde a sua concepção!
Não foi
fácil, foi árduo, porém, salutar!
Me dediquei ao máximo, pesquisei na Tradição
da Igreja, nos escritos dos Santos Padres, nos Concílios, e na Sagrada
Escritura, para trazer até você uma explicação detalhada sobre a Imaculada
Conceição de Maria, Mãe de Jesus.
A Imaculada Conceição de Maria
Então,
declaro com toda a Igreja: “A imaculada Conceição de Maria é dogma de fé.”
Quisera Deus que fosse assim, pois o seu filho, Jesus, “bendito fruto”, só
poderia tornar-se carne humana em um ventre “bendito, Imaculado”, e Santa Isabel
confirma dizendo profeticamente em Lucas 1,42, ela olhando nos olhos de Maria
disse: “Benedicta tui in mulieribus et benedictus fructus ventris tui, Iesus” =
“Bendita és tu entre todas as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre.”
Interessante
que Jesus fala em Mateus 7, “é pelos frutos que conhecereis a árvore," (Cf. Mateus
7,16-20).Ora, Jesus é
o fruto bendito, sem pecado, logo Maria é a árvore bendita, sem pecado.
São
Boaventura afirma que os nove coros de anjos clamaram a Maria dizendo: “Sancta,
sancta, sancta Maria, Dei Genitrix et Virgo” = “Santa, santa, santa Maria, a Virgem
Mãe.”
O profeta
Isaias 700 anos antes de Cristo, Profetizou: “Eis que a virgem conceberá e dará
à luz um filho e o chamarão com o nome de Emanuel...” (Isaias 7,14b).
“Maria é Imaculada, porque foi
totalmente preservada da mácula do pecado original, desde sua conceição, ou
seja, desde a gestação no ventre de sua Mãe Santa Ana”
O que dizem os Santos
Padres e os Concílios sobre a Imaculada Conceição de Maria, ao longo dos séculos.
A Igreja como Mãe e Mestra (Mater et Magister), e juntamente com seus fiéis Santos Padres, sempre firmes nos seus ensinamentos, afirmaram desde os primeiros séculos que Maria é a nova Eva e toda Pura.
Em uma bela
oração a Maria, datada do século III “Sub tuum praesidium” (À vossa proteção),
já deixa indícios de que os Santos Padres acreditavam na virgindade perpetua e
santidade de Maria.
Veja a oração:
“À vossa
proteção recorremos Santa Mãe de Deus.
Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre
de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e
bendita!”.
Nesta oração eu marquei em negrito duas Frases, “Santa Mãe de Deus” e “ó Virgem gloriosa e bendita”, tudo leva
a crer que desde o início a Igreja já tinha esse ensinamento de uma forma
indireta sobre a Imaculada Conceição de Maria.
-Orígenes, no Século III foi o primeiro a chamar Maria de
“toda santa.”
-Metodio de Olímpia, no século IV, dizia: “Maria, cheia de
graça e imácula”. Ainda no Século IV Santo Efrem é mais convicto, e dizia: “em
ti, Senhor, não há mancha nem há em tua mãe mancha alguma”. Santo Agostinho de Hipona, século IV disse:
“Nem se deve tocar na palavra ‘pecado’ em se tratando de Maria; e isso por
respeito Aquele de quem mereceu ser Mãe, que a preservou de todo pecado por sua
graça”. No concílio de Éfeso ano 431, declaravam Maria como “santa” “santa Mãe
de Deus.”
-Teotecno, Bispo de Livias, no século VI, fala de Maria
“feita de barro puro e imaculado.”
-Os cristãos do século VII, sem nenhum medo e com mais
frequência chamam Maria de “Imaculada”.São Germano de Constantinopla a chama de “imaculadíssima.” O Papa
Honório I fala da “santa e imaculada Virgem Mãe de Deus”. Na Igreja do Oriente,
começa-se a celebrar a festa da Conceição de Maria.
-São João Damasceno, século VIII confirma: “foste conservada
sem mancha, como esposa de Deus, para que por tua natureza fosses a Mãe de
Deus” e prossegue dizendo: “Nesse paraíso não teve entrada a serpente”.
-Pascásio Radberto, no século IX afirma que Maria foi “isenta
de todo pecado original.”
-Santo Anselmo, no século X, faz uma brilhante e eloquente
pergunta: “Deus, que pôde conceder a Eva a graça de vir ao mundo imaculada, não
teria podido concedê-la também a Maria?
-Santo Anselmo, no século XI, lembra que Maria também
participa da redenção universal de Cristo, e, deste modo, o dogma da Imaculada
Conceição não contradiz o ensinamento Bíblico.
-Eadmer, Monge de Canterbery, século XII escreve o primeiro
tratado sobre a Conceição de Maria. São. Boaventura afirma que o mal nunca
tocou em Maria.
-Duns Scoto, no século XIII afirma com veemência, “pelos
merecimentos de Cristo, sua Mãe foi preservada do pecado original.”
-O Papa Sixto IV, (ano1477) concede a 1ª aprovação a um
ofício e uma missa da Imaculada Conceição de Maria.
-O Papa Paulo V (ano 1617) determinou duramente um
ensinamento que, no futuro, ninguém poderia assumir uma postura contrária à
opinião Imaculista.
-O Papa Clemente XIII, (ano 1764) recomenda a novena da
Imaculada Conceição de Maria como uma indulgencia.
-Em 1830, Maria aparece a Santa Catarina Labouré e manda
cunhar Medalha Milagrosa, com a inscrição: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai
por nós que recorremos a Vós.”
-Enfim, O Beato Papa Pio IX, (1854) declara solenemente a
Imaculada Conceição como dogma de fé.
-Em Lourdes, século XIV, Maria aparece a Santa Bernadete
Soubirous, e disse: “Eu sou a Imaculada Conceição.”
Os Concílios e o
Catecismo da Igreja, Sobre a Imaculada Conceição
“Ao longo dos séculos, a Igreja tomou consciência de que
Maria, “cumulada de graça” por Deus, foi redimida desde a concepção.
É isso que confessa o dogma da Imaculada Conceição,
proclamado em 1854 pelo Papa Pio IX”. (CIC491).
-O concílio de Basiléia, (ano,1435) reforça o valor da fé
popular na Imaculada Conceição de Maria.
-Na bula Ineffablis Deus, o Papa Pio IX, juntamente com toda
Igreja declara que: “A beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua
Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos
méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de
toda mancha do pecado original.”
-No catecismo da Igreja Católica, número 492 se refere a
Imaculada Conceição de Maria dizendo: “Esta “santidade resplandecente,
absolutamente única” da qual Maria é “enriquecida desde o primeiro instante de
sua conceição” lhe vem inteiramente de Cristo: “Em vista dos méritos de seu filho,
foi redimida de um modo mais sublime.” Mais do que qualquer outra pessoa
criada, o Pai a “abençoou com toda a sorte benção espirituais, nos céus em
Cristo” (Efésios. 1,3). Ele a “escolheu nele (Cristo), desde antes da fundação
do mundo, para ser Santa e Imaculada em sua presença no amor” (Efésios. 1,4).
Pois bem, meus irmãos, poderia terminar este artigo por aqui,
porque tudo que está escrito acima deixa provas que de é fato, Maria é
Imaculada, foi concebida sem pecado original, mas tem algumas pessoas que
querem as provas na Bíblia.
Alguns até dizem: quero ver você provar isso tudo na bíblia,
Rssss... então vamos lá na Bíblia!
A Imaculada Conceição
na Bíblia
Primeiramente vou mostrar para você a tática protestante para
atacar a santidade Maria, eles usam a Bíblia para fazer esses ataques, mas
própria Bíblia, nos dá a resposta e mostra claramente que Maria é Imaculada.
-Primeiro ataque: Romanos 3,23 “visto que todos pecaram e
todos estão privados da gloria de Deus...” (Daí vem a famosa argumentação: “Se
todos pecaram, Maria também pecou”).
-Segundo ataque: Romanos 3,10 “conforme está escrito: Não há
homem justo, não há um sequer” (O protestante diz: “se não há nenhum justo
sequer, Maria não é justa”).
-Terceiro ataque: Lucas 1,46-47 “Maria, então, disse: “Minha
alma engrandece o Senhor, e meu espírito exulta em Deus meu Salvador...”. (Se
Maria Chama Deus de meu Salvador, logo ela é pecadora).
-Quarto ataque: Lucas 2,22 “Quando se completaram os dias
para a purificação deles, segundo a lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém a fim
de apresenta-lo ao Senhor...” (Então se Maria foi purificar-se, logo ela era
pecadora).
A esses ataques vou responder os três primeiros, já com uma
única resposta.
Existem duas formas de salvação:
1-A
salvação depois da queda.
2-A salvação por antecipação, antes da
queda, (essa se forma de salvação, se deu somente a Maria).
Todos nós fomos salvos depois da queda, mas somente Maria foi
salva por antecipação, Judas 1,24 “Aquele que pode guardar-vos da queda e
apresentar-vos perante sua glória irrepreensíveis e jubilosos.”
A resposta mais adequada a esses três primeiros ataques está
em Lucas 1,28 “Ave gratia plena
Dominus tecum” = “Ave cheia de graça
o Senhor é contigo.” Perceba o termo em negrito, “gratia plena”, que quer dizer graça
plena ou plena de graça. No Grego foi usado o verbo ke-chari-tomene, o grande detalhe
que se deve no notar é que este verbo Grego está no particípio pacífico
perfeito, ou seja, ke-chari-tomene quer dizer, graça plena por todo o sempre, desde sua Conceição até a sua
Assunção ao céu. Se Maria tivesse recebido a graça somente no dia da anunciação
do anjo Gabriel, o verbo seria charitomente, ou seja, apenas uma graça no
presente. Se Maria tivesse perdido a graça ao longo da vida, o verbo seria
chariteiza, ou seja, apenas um estado de graça, mas não, eu volto a dizer de novo
o verbo Grego é ke-chari-tomene, cheia
de graça por todo sempre.
Quero deixar outras passagens bíblicas que defendem a Imaculada Conceição de Maria.
-Cântico dos Cânticos 4,7 “ÉS toda bela, minha amada, e não tens um só defeito.”
-Cântico dos Cânticos 4,12 “És jardim fechado, minha, irmã, minha noiva, és jardim fechado, uma fonte lacrada.”
-Cântico dos Cânticos 6,9a “Uma só é minha pomba sem defeito, uma só a perfeita pela mãe que a gerou.”
Para o quarto ataque, quando os protestantes dizem: “Maria foi purificar-se, então ela é pecadora”, darei a resposta agora.
Jesus Cristo nasceu debaixo da lei como está escrito em Gálatas 4:4, e portanto obedeceu às leis, Jesus, como substituto do homem, tinha que se submeter à lei em todo o detalhe, da mesma forma, Maria estava submissa a lei, portanto ela levando o seu filho Jesus foi ao templo, para purificar-se, mas não purificar de um pecado ou defeito, mas para obedecer e cumprir a lei.
Então lhe faço uma pergunta que está no livro de Jó 14,4 “Quem fará sair o puro do impuro?" Minguem! Ora Jesus é o bendito fruto, logo o ventre de e Maria toda é pura. Lucas 1,42 “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu frente.” (Cf. Mateus 7,16-20 e Tiago. 3,12).
Então meu irmão e irmã, aqui esta todo o respaldo na Tradição, na Bíblia, no Magistério, nos documentos e concílios, para defender a Imaculada Conceição de Maria.